“O dia em que o lobisomem apareceu em São Thomé das Letras”

Tem gente que diz que é lenda. Outros juram de pé junto que viram. Em Minas, onde a neblina desce cedo e o silêncio da noite guarda mistérios, o sobrenatural ganha sotaque e endereço. E ninguém melhor pra contar, sobre o dia que o "Lobisomem apareceu em São Thomé das Letras", do que seu Nicanor, morador antigo da cidade.

São Thomé das Letras é um daqueles lugares onde pedra e estrela se encontram. Conhecida por seu misticismo, atrai esotéricos, curiosos e viajantes do Brasil inteiro. Mas a história que seu Nicanor contou não tem nada de florais nem cristais. Tem é grito, medo e um bicho correndo no escuro.

Era uma sexta-feira de lua cheia, como manda o figurino. Por volta das 10 da noite, alguns moradores ouviram um uivo vindo do mato atrás da igrejinha de pedra. Pouco depois, uma sombra grande foi vista cruzando a rua, de quatro, rápido demais pra ser gente — e estranho demais pra ser bicho comum.

Detalhes que arrepiam

Dona Marli, que mora ali perto, disse que o bicho tinha olho vermelho e sumiu por entre as pedras como se tivesse virado fumaça. Já o Zé do Táxi contou que seu cachorro ficou dias sem parar de chorar. Teve até quem trancou janela com crucifixo.

O bicho aparece em São Thomé das Letras; pode crer!!!

Crença ou invenção?

Lobisomem é figura certa no folclore mineiro. Mas cada vilarejo parece ter o seu próprio. Em São Thomé, ele aparece nos dias frios, some nos dias santos e só volta quando a gente resolve não acreditar mais.

E você, acredita? Seja verdade ou só um daqueles causos contados ao pé do fogão, o certo é que quem passa por São Thomé nunca sai de lá do mesmo jeito. Se ouvir um uivo no escuro... melhor correr ou começar a rezar.